O TAPETE
“O menino pusera
um caixote no meio da casa de jantar e assim navegou durante horas,
esbracejando no vácuo, perscrutando o horizonte que confinava com a
parede, o tapete a fingir de oceano, o caixote a fingir de veleiro de
grande tonelagem.
Pelas seis horas,
como de costume, o pai chegou do trabalho.
Entrou na sala ,
teve o tempo bastante para repreender o filho por aquela ideia, ao
mesmo tempo que pisava o tapete e perdia o pé, afogando-se."
- Jacques Sternberg